29 junho, 2010

Consultoria em alturas de crise: Um “mal” necessário.

Não tenho bem presente mas foi há alguns anos que escrevi um artigo sobre a importância da consultoria de gestão nas empresas para que, de forma sustentada, alguns problemas latentes nas organizações pudessem de certa forma ser identificados e sanados. Parecendo que não os empresários, estando no terreno dia após dia, semana após semana, mês após mês, ano após ano, ganham certos “vícios” que se institucionalizam e que, no longo prazo trazem sempre problemas ás organizações que deles dependem intelectualmente. É aí que entram os consultores de gestão, profissionais acima de tudo com muita experiência e pluridisciplinares na abordagem a qualquer problema. Não quero que fiquem com a ideia que o consultor é algum supra-sumo da gestão. De longe. É, de facto, alguém com características um pouco diferentes, a nível profissional, do “comum dos gestores” e também é alguém com algum savoir faire e provas dadas no campo onde se mexe. Em termos muito sucintos vejamos então algumas das características que um bom consultor deve reunir a fim de rápida e sumariamente desenvolver o seu trabalho em qualquer tipo de organização e apresentar resultados de forma satisfatória para quem o contrata:

1 - Capacidade de diagnóstico - Sabe ver o problema através das suas causas e consegue eliminar ruídos na comunicação.

2 - Multidisciplinaridade - Sabe ver uma mesma questão, um problema, de vários ângulos diferentes, principal e nomeadamente o ângulo que a empresa não ainda não percebeu. Infelizmente são muitas as empresas que contratam consultores para resolver determinados problemas e depois não abrem o “jogo” todo.

3 - Capacidade de análise – Acima de tudo é alguém que não repete modelos utilizados noutras empresas. Caso encontre empresas concorrentes sabe, a todo o momento como e quando agir sem colocar em causa qualquer principio de ética. Tem o discernimento analítico suficiente para analisar o caso em apreço nunca revendo mentalmente o anterior, mesmo que tenha tido sucesso. É um pouco como a capacidade do jornalista se distanciar de situações que requerem alguma compaixão na análise…

4 - Habilidade para conviver com o risco -  Sendo sempre um elemento estranho à empresa nunca sabe como será o dia de amanhã. No entanto pode ser o seu maior ponto forte! 

5 - Capacidade para lidar com imprevistos – Mais do que tudo o consultor tem que saber lidar com o factor ‘imprevisibilidade’ e também saber lidar com vários projectos ao mesmo tempo. Não se deixa intimidar perante um problema aparentemente complicado sabendo de antemão que muitos mais aparecerão.

6 - Ter humildade para ficar na retaguarda do processo – Um consultor é a “personagem” que faz o trabalho e raramente fica com os “louros”. É alguém que tem maturidade profissional para implantar soluções viáveis e criativas mas nunca fica para a “festa” final. Por vezes, nas grandes empresas, são os consultores que estão na rectaguarda a balizar as decisões mais complicadas sendo que são os “cabeças de cartaz” quem normalmente é reconhecido.

7 - Facilidade para trabalhar em equipa e se integrar com facilidade ao grupo. É a característica mais importante. Acima de tudo o consultor, sendo sempre um elemento externo, tem que ser dotado de uma plasticidade social muito grande. Há quer ser flexível mas ao mesmo tempo firme para poder defender os seus ideais.

8 - Ser um bom negociador – Ao ter características natas para a negociação, o consultor sabe sempre para onde ir e como arrastar toda uma organização atrás de si. Sabe definir prioridades e liderar todo um processo de mudança. Deve ter grandes rasgos de liderança EFECTIVA.

9 – Tem a visão do detalhe, mas nunca perde de vista o todo. – A cada momento há que ter consciência das pequenas vitórias, daí que há que saber repartir um grande problema em problemazinhos mais pequenos a fim de ir saboreando pequenas vitórias que levarão à grande vitória, ou seja, a resolução total e global do problema em apreço, seja ele de que índole for.

10 – Tem um “network” bastante sólido e consolidado o que pode ser factor crítico de sucesso para o projecto em causa. Hoje em dia as redes são o corolário dos processos. Tudo o mais vem por arrasto. É nesta perspectiva que temos que nos enquadrar.

Como pode ser visto não é “pêra doce” integrar numa única pessoa todas estas características. Poucas delas se aprendem na universidade. Quase todas são aprendidas na “escola da vida”, a verdadeira universidade do consultor.

Estando Portugal em recessão técnica penso que é altura dos nossos empresários colocarem numa balança os prós e os contras (incluindo custos, claro) de deixar as suas empresas andar para a frente um pouco ao sabor da maré, ou contratar alguém que os poderá ajudar a ultrapassar determinado patamar.

Infelizmente, nestes anos de apoio à gestão de muitas empresas, vi empresas a caírem a pique por não terem tido a humildade de saber parar para pensar (a tempo) e darem a mão a alguém que, teoricamente, é formado para este tipo de situações…

Quanto temos um incêndio não chamamos um vendedor de automóveis, pois não? Chamamos um Bombeiro, certo? Para bom entendedor meia palavra basta. 
E eis que há sempre um outro lado para tudo.
2 anos após ter encerrado este blog estou de volta! A vida mudou 180 graus, para melhor espero, e continuo com a actividade de consultor/formador agora com um "upgrade" para palestrante profissional com algumas aventuras por Cabo Verde e Moçambique onde agora tenho negócios com sócios e amigos dentro desta área.

Como tal decidi reactivar este blog que mantive durante 3 anos e que quando decidi encerrá-lo já contava com muitos fieis, aos quais agradeço MUITO a v/ sempre presença!

I'm Back in Business!

14 maio, 2008

O que é que diz que disse???


Diário da República, 2ª Série, nº51, 12 de Março de 2008 (Encontrado aqui e podem confirmar em http://www.dre.pt/pdf2sdip/2008/03/051000000/1067010674.pdf Leiam bem: Mestrado em Gestão e Manutenção de Campos de Golfe Não é curso profissional, nem licenciatura, é mestrado! O doutoramento virá a seguir. Na cauda da Europa, mas com todo o requinte e algo mais que o meu nível cultural impede de classificar. Mas que os nossos impostos andam por ali, lá isso andam!!!

APRE!

01 maio, 2008

"Tsunami strategy"

É o nome da operação que estamos a levar a cabo e que serve, essencialmente, para romper com as crenças comummente assentes sobre o que é uma prestação de serviços de "contabilidade". Hoje em dia as valências de um serviço desta natureza transvaza em muito a redutora acção de serviço de contabilidade e acessórios.
Com 8 projectos novos em acompanhamento - leia-se novas empresas o que é muito bom para o desenvolvimento do concelho da Figueira da Foz - vamos para o mercado, já em MAIO com 3 tipologias de serviço onde focaremos "forte e feio" numa das grandes valências que temos e que nos distinguem, SEM DÚVIDA, da concorrência directa: fortíssimas competências ao nível fiscal e ao nível de desenvolvimento estratégico dos negócios dos nossos clientes.
Consultoria em Inovação, Desenvolvimento de "estratégias de salto", consultoria em comunicação e mercados são apenas alguns dos serviços que irão estar associados aos serviços que prestaremos.
A contabilidade hoje em dia não acrescenta qualquer valor ao empresário. Estes 8 projectos que temos em mãos estão a mostrar que efectivamente existem projectos que se bem trabalhados a níveis "higher" poderão ter um potencial de desenvolvimento e de penetração no mercado de forma brutal. É esta mais valia que o empresário do século XXI procura.
É este o serviço que nos é hoje requisitado. É óbvio que o mesmo tem que ser pago pois os resultados aparecem havendo comprometimento de AMBAS as partes mas é um serviço de altíssimo valor para quem o recebe, com garantias de retornos.
Sem qualquer problema podemos dar como exemplo o excelente trabalho em consultoria de produtividade e inovação que levámos a cabo em Àgueda, no projecto "Merkante", sob a direcção do Dr. Fernando Paulo. 16 meses de trabalho deram os seus frutos e hoje a empresa tem uma visão estratégica focada para os resultados e completamente organizada. ISSO hoje é que conta. A contabilidade e o serviço é.. acessório!....
"Long live the queen..."

17 abril, 2008

As leis da física realmente aplicam-se a tudo e a todos. À acção [ou ação] da administração fiscal há sempre uma reacção [ou reação] dos contribuintes... Vejam só esta pinta...

"Querido Fisco
No meu casamento, que se realizou no dia ..., estiveram presentes 120 convidados: 89 adultos, 9 crianças e 2 bebés. A festa teve lugar na Quinta ... do meu padrinho Luís M. que me presenteou a boda ( as cópias dos talões do talho, da mercearia e da peixaria seguem em anexo). A minha tia Alzira S., que é costureira, fez-me o vestido e não cobrou nadinha, mas gastei 60€ em tecidos, 34,5€ nas rendas e bordados e 18,75€ em linhas, botões e alfinetes.
As meias e as ligas ficaram por 35€, conforme recibos que envio. O noivo usou o fato da Comunhão Solene com umas ligeiras alterações (a Tia Alzira não cobrou nada). O meu irmão foi o fotógrafo de serviço. Todas as fotografias foram enviadas aos convidados por e-mail, que imprimirão as que entenderem por sua conta. Não foi alugada qualquer viatura. Eu fui na Charrete do Sr. José M., que andou comigo ao colo e é como um pai para mim. O Manuel ( o noivo) foi de mota: a mota dele que ainda está a acabar de pagar, conforme se comprova com documento. As flores foram todas do jardim da minha avó Margarida e a minha prima Mariana F. que é uma moça muito prendada fez os arranjos.
A animação da festa esteve a cargo do irmão e dos primos do Manuel, que têm uma banda - os 'Sempr'Abrir' que merecem ter sucesso. Não pudemos aceitar nenhum dos presentes, uma vez que não vinham acompanhados dos recibos. Os charutos cubanos que um amigo nosso nos trouxe de Cuba ficaram para nós, porque não os declaramos na Alfândega, e assim não os podíamos oferecer para agora provar o seu custo.
Os preservativos comprou-os o Manuel naquelas máquinas que estão longas horas ao Sol (porque é um rapaz muito introvertido), mas que não dão recibos, o que me permite escusar-me a revelar o seu número, não vá, daqui a alguns anos, lembrares-te de cobrar retroactivamente uma taxa pelas que foram dadas na lua de mel.
Atentamente,
Maria Julieta Silva Chibo
Manuel António Sousa Chibo

14 abril, 2008

O tempo como moeda de troca...

Alguém tem?? Pois!...

De facto estou a espaçar os 'post' pois efectivamente gostaria de ter mais tempo para tudo. Está tudo OK, é um facto, além de ter MUITO trabalho, o que não deixa de ser bom.

Estamos a preparar para 2008 o 3º Ciclo de Workshop's temáticos, desta vez com novo formato, novos parceiros.. mas no mesmo espaço, sem dúvida.
BONS NEGÓCIOS!...

24 março, 2008

As pessoas pois então...

Na sequência das normais acções de formação para clientes Fiducial Figueira da Foz estamos já a preparar a próxima acção, para Abril, em que o tema será "Gestão Financeira e de Tesouraria", por forma a dotar os empresários de melhor ferramentas de suporte à decisão. A seu tempo informaremos dos conteúdos.
Bom trabalho

15 março, 2008

Ciclos....

Os ciclos são demais importantes na vida das pessoas e das organizações. Definem espaço, eras, projectos, inícios e finais.
Após quase 1 mês de habituação ao novo modus-operandis do novo ERP [que queiramos quer não mexe com os sistemas em curso], após algumas alterações e orientações estratégicas de negócio, após consolidação da nova equipa [novos elementos entraram para a equipa, reforçando a parte administrativa], eis que chegou a altura de entrar com novos projectos.
Foi com alguma honra que fomos escolhidos para ajudar na tomada de decisão de 6 novos projectos, 2 dos quais de raiz que que consolidam um total de 2 Milhões de Euros no espaço de 1 ano e meio de investimento.
É altura de deixar de olhar para trás, corrigir o que tem que ser corrigido, saber aprender com os erros e abrir novas portas! Acima de tudo é o Estar bem, e isso é que conta.
Este mês é o mês dos PEC - para quem os tem, e das opções pelos Regimes.... Nada de novo :-)
Bons negócios